Principais dúvidas quanto à quimioterapia

Principais dúvidas quanto à quimioterapia

Assim como em todos os aspectos do tratamento de câncer de mama, a quimioterapia tem como objetivo aumentar a chance de cura, mas não é necessária para todas as pacientes. Os esquemas utilizados no tratamento de casos selecionados consistem em uma composição de medicações administradas por via endovenosa (diretamente na veia), e são levados em consideração vários aspectos relacionados ao tumor e ao estado de saúde da paciente.
Algumas características do tumor avaliadas são: tamanho, taxa de crescimento, expressão de receptores hormonais e de HER2 e extensão da doença para os linfonodos da axila. Para cada paciente, são analisadas também a idade, a presença de doenças em tratamento e a capacidade de tolerar o tratamento. O oncologista tem papel fundamental no tratamento da paciente com câncer de mama e deve estar sempre em contato com o mastologista para um tratamento multidisciplinar completo.
Nos esquemas mais indicados atualmente para o tratamento de câncer de mama, a queda completa do cabelo ocorre em cerca de 60 a 100% das pacientes, dependendo do esquema específico indicado pelo oncologista. A quimioterapia atinge as células cancerígenas, que crescem rapidamente; e o folículo piloso (cabelo), por também apresentar crescimento acelerado, é afetado pela medicação, levando à alopecia (perda completa dos fios). A queda começa em 1 a 2 semanas após a primeira sessão de quimioterapia, chegando à perda completa em cerca de 4 a 8 semanas.
É possível reduzir a queda do cabelo durante a quimioterapia. A touca hipotérmica é uma touca que contém um gel no seu interior que, quando congelado (através de gelo seco), leva à baixa temperatura do couro cabeludo, fazendo com que os vasos sanguíneos desta região sofram uma contração e, com isso, ocorre redução do fluxo de sangue e menor quantidade de quimioterápico chega ao folículo do cabelo, reduzindo a queda. É contraindicada em alguns tipos de câncer, como o melanoma, o linfoma e a leucemia.
A touca deve ser utilizada antes, durante e depois das sessões de quimioterapia, e sua taxa de sucesso depende principalmente do tipo de esquema de quimioterapia indicado, do tipo de cabelo (espessura) e do uso correto da touca. Em cerca de 5 a cada 10 pacientes (50%), o tratamento é considerado satisfatório, isso significa que pelo menos metade do volume total dos cabelos permanece após o tratamento. Além de prevenir a queda, o uso da touca também está associado ao crescimento mais rápido e com melhor qualidade dos fios após o uso do dispositivo. Não apresenta maior risco de metástase de couro cabeludo.
O Imama Campinas dispõe de toucas hipotérmicas para as suas pacientes.

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